O crosslinking de córnea (CXL) transformou o curso da doença em pacientes com ectasias corneanas desde sua introdução na prática clínica em 2002. Porém, o CXL não foi inicialmente projetado para proporcionar melhorias na acuidade visual.
O protocolo de CXL para ectasia que tem sido o padrão-ouro, praticamente incontestado, é o protocolo de Dresden. Tal procedimento envolve a remoção do epitélio, aplicação de riboflavina por 20 minutos, seguida de 30 minutos de irradiação de luz UV a 3 mW/cm², para uma fluência total de 5,4 J/cm². Como observamos nas duas últimas décadas, esse protocolo pode achatar a córnea em uma pequena medida – geralmente em torno de 1,5 dioptria. No entanto, essa mudança é muito sutil para trazer uma melhora significativa à visão dos pacientes com ectasias corneanas. Além disso, este aplanamento costuma acontecer na área central ou de maneira mais difusa, mas não necessariamente onde a córnea é mais curva.
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Autores
Emilio A. Torresnetto
Doutor em Medicina pela Université de Genève (Suíça). Doutor em Oftalmologia e Ciências Visuais pela EPM-Unifesp. Pós-doutorado na Universidade de Zürich (Suíça). Especialista em córnea, catarata e cirurgia refrativa, com formação pela Stanford University School of Medicine (EUA), Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Escola Paulista de Medicina – Unifesp, Fondation Ophtalmologique Adolphe de Rothschild (França), UniversitätsSpital Zürich, Universität Zürich (Suíça) e ELZA Institute (Suíça).
Mark Hillen
Doutor em ciências, ELZA Institute (Suíça).
Farhad Hafezi
Professor Titular na Universidade de Genebra (Suíça), Research Professor na Universidade de Langone Nova York (EUA), Professor Visitante na Universidade Médica de Wenzhou (China), Adjunct Clinical Professor na Universidade do Sul da Califórnia (USA), Membro do Conselho da Sociedade Europeia de Catarata e Cirurgia Refrativa (ESCRS).
