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Lentes Esclerais no tratamento de doenças da superfície ocular

As lentes de contato esclerais ganharam um interesse renovado na última década. Originalmente usadas em olhos gravemente comprometidos por altas ametropias ou ectasias corneanas, sua faixa de atuação está se expandindo. São lentes rígidas gás permeáveis com alto índice de permeabilidade ao oxigênio. Apresentam grande diâmetro e se apoiam sobre a esclera, diferenciando-se das lentes corneanas usuais, que tem seu principal apoio na periferia da córnea. Como o espaço entre a lente e o olho é ocupado por um reservatório de fluido, que atua como um curativo líquido, as lentes esclerais protegem a superfície ocular não só do ressecamento, mas também do efeito mecânico das pálpebras, além de agirem na melhora da acuidade visual. Desta forma, propiciam uma adaptação muito mais confortável, mesmo em pacientes com grande sensibilidade. Quando utilizada conforme orientação médica e com manipulação adequada, revelam índices baixos de efeitos adversos e complicações.

As doenças da superfície ocular incluem uma variedade de desordens que afetam as camadas superficiais do olho, resultando em desconforto, hiperemia, instabilidade do filme lacrimal e diminuição da acuidade visual.8,9 Dentre elas podemos destacar: Síndrome de Sjogren, pênfigo cicatricial, Síndrome de Stevens Johnson, doença do enxerto contra hospedeiro, queimadura química, ceratopatia por exposição e neurotrófica, entre outras. Dependendo do grau do acometimento, podem evoluir com alterações histológicas, destruição de células-tronco corneanas, simbléfaro, alterações palpebrais, processo inflamatório crônico, neovascularização, alterações de inervação e opacidade corneana.

 

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Autora

CINARA SAKUMA DE OLIVEIRA GODOY
Médica oftlamologista, formada pela Faculdade Evangélica de Medicinado Paraná, especialista em segmento anterior. Mestrado em clínica cirúrgica pelo Instituto de Pesquisas Médicas e doutorado em Princípios da Cirurgia pela Universidade Federal do Paraná.