Muito tem sido dito e escrito sobre alterações biomecânicas da córnea após cirurgias refrativas. Alguns estudos têm afirmado que, pelo menos em teoria, córneas tratadas com Small Incision Lenticule Extraction (SMILE) devem ser biomecanicamente mais resistentes do que aquelas tratadas com Laser-Assisted in Situ Keratomileusis (LASIK). Afinal, uma maior parte do estroma anterior seria deixada intacta após a extração lenticular do SMILE quando comparado ao LASIK, no qual o cirurgião necessita realizar uma incisão e levantar o flap antes que a ablação estromal com Excimer Laser seja realizada. E quanto ao PRK? Após uma ablação de superfície ou photorefractive keratectomy (PRK), a córnea também seria biomecanicamente mais resistente do que córneas submetidas à mesma correção através do SMILE?
Em colaboração com o Walter Sekundo, MD, PhD; Bogdan Spiru, MD; Apostolos Lazaridis, MD; e Sabine Kling, PhD, nós realizamos uma série de estudos para avaliar como córneas se comportariam biomecanicamente após uma correção refrativa idêntica de PRK ou SMILE.
Autor e editor da seção
EMILIO A. TORRES-NETTO
Doutorando pela Universidade de Genebra (Suíça). Doutorando pela EPM – Unifesp. Especialista em Córnea, Catarata e Cirurgia Refrativa. Formação pela Stanford University School of Medicine (EUA), Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Escola Paulista de Medicina – Unifesp, Fondation Ophtalmologique Adolphe de Rothschild (França), ELZA Institute (Suíça) e University of Zurich (Suíça).
Farhad Hafezi
Professor da Universidade de Genebra, Suíça. Diretor médico do Instituto ELZA, Dietikon/
Zurique, Suíça. Professor clínico de Oftalmologia na Escola de Medicina de Keck, Universidade do Sul da Califórnia, Los Angeles. Líder do Grupo de Pesquisa, Centro de Biotecnologia Aplicada e Medicina Molecular, Universidade de Zurique, Suíça. Professor visitante na Universidade Médica de Wenzhou, China.