fbpx
Início » TÉCNICAS DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA, POR ANA CLÁUDIA RIBEIRO E ALINE MORIYAMA
Artigos

TÉCNICAS DE TRANSPLANTE DE CÓRNEA, POR ANA CLÁUDIA RIBEIRO E ALINE MORIYAMA

A ceratoplastia é uma das modalidades mais comuns e bem sucedidas entre as cirurgias de transplantes. O primeiro transplante com sucesso anatômico foi relatado por Arthur von Hippel em 1886. Na ocasião, o cirurgião posicionou um botão corneano de coelho com espessura total sobre o leito lamelar receptor de uma jovem paciente. A córnea doada permaneceu tópica e transparente, mas a acuidade visual limitou-se a 20/200. Anos mais tarde, Eduard Zirm reportou a primeira ceratoplastia considerada bem sucedida anatômica e funcionalmente após realizar uma ceratoplastia penetrante (PK, do inglês: penetrating keratoplasty) usando tecido doado humano. A técnica se tornou a modalidade predominante de transplante de córnea durante o século XX. Nas últimas décadas, entretanto, o aprimoramento de técnicas lamelares com resultados otimizados trouxe grande impactoto à prática preferencial entre os cirurgiões de córnea ao redor do mundo.

O transplante lamelar seletivamente substitui camadas doentes da córnea por tecido doado sadio, podendo ser anterior ou posterior. De forma geral, suas vantagens em relação ao PK incluem: menor risco de rejeição, redução de complicações associadas á cirurgia a céu aberto (como hemorragia expulsiva e perda vítrea) e ampliação do pool de córneas doadas viáveis. A ceratoplastia lamelar anterior tem ainda a vantagem de preservar mais células endoteliais, e pode ser classificada em superficial ou profunda, sendo a última mais frequente. Suas principais indicações são as doenças estromais da córnea com endotélio intacto, como ceratocone, distrofias corneanas estromais e opacidades ou cicatrizes da córnea. O termo ceratoplastia lamelar anterior profunda (DALK, do inglês: deep anterior lamellar keratoplasty) é geralmente usado para cirurgias com plano de disseção na membrana de Descemet ou próximo dela. A técnica “big bubble” preconiza a criação desse plano de disseção por meio de injeção de ar no estroma corneano e é considerada uma técnica com bons resultados e reprodutibilidade, além de curva de aprendizado otimizada.

 

Clique aqui para ler o artigo na íntegra

 

Autores

ANA CLÁUDIA RIBEIRO
Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS)/ Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), Sorocaba, Brasil.

 

NICOLAS CESÁRIO PEREIRA
Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS)/ Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), Sorocaba, Brasil.

 

ADRIANA DOS SANTOS FORSETO
Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS)/ Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), Sorocaba, Brasil.

 

Autora e Editora da Seção

ALINE SILVEIRA MORIYAMA
Hospital Oftalmológico de Sorocaba (HOS)/ Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), Sorocaba, Brasil. Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), São Paulo, Brasil.