Os olhos são considerados de fundamental importância na atratividade e na beleza como um todo na maioria dos países do mundo, incluindo o Brasil. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), o Brasil se tornou o terceiro país com o maior mercado de estética no mundo.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define cosméticos como preparações constituídas por substâncias naturais ou sintéticas, de uso externo nas diversas partes do corpo humano, com o objetivo exclusivo ou principal de limpá-las, perfumá-las, alterar sua aparência e/ou corrigir odores corporais, e/ou protegê-las ou mantê-las em bom estado. A maioria dos cosméticos oculares pertencem à lista de tipos de produtos de grau 1 da Anvisa, os quais, resumidamente, se caracterizam por possuírem propriedades básicas ou elementares, cuja comprovação não seja inicialmente necessária. Produtos incluídos nessa lista também não requerem informações detalhadas quanto ao modo de usar e restrições de uso, devido às suas características intrínsecas (Anvisa, RDC Nº 07, de 10 de fevereiro de 2015).
A indústria de beleza nos EUA atingiu US$ 17,7 bilhões em 2017, um aumento de 6% em relação a 2016, de acordo com a empresa global de informações “The NPD Group”, estando na vanguarda os produtos de cuidados com a pele (aumento de 9% nas vendas, contribuindo com 45% dos ganhos totais do setor) e a maquiagem, também com aumento de 6% nas vendas.
Um ponto interessante a ser citado é que, diferente dos produtos alimentares, 65% dos compradores de cosméticos não têm o hábito de ler os rótulos (Beauty Does Not Have To Hurt. Ocular surface disease can be exacerbated by chemicals hiding in plain sight in everyday products. Leslie E. O’dell, Amy Gallant Sullivan, Laura M. Periman. Advanced Ocular Care | July/August 2016). É importante ler o rótulo de um cosmético, pensando no período de validade, componentes, em casos de alergia, principalmente em relação aos conservantes, precauções, entre outros. Outro ponto a ser alertado aos pacientes pelos oftalmologistas é de não usar maquiagem frente a uma irritação ocular, sendo que essa pode ser de origem infecciosa como, por exemplo, uma conjuntivite, acarretando contaminação do produto.
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