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Lentes intraoculares para correção de presbiopia: indicações, contraindicações e dicas para o sucesso

INTRODUÇÃO

A correção da presbiopia apresentou grandes avanços nos últimos cinco anos com a chegada de novas lentes ao mercado. As lentes de foco estendido e as trifocais melhoraram a independência de óculos no pós-operatório e a qualidade visual do paciente, em comparação às bifocais da geração anterior. No entanto, a correção satisfatória da presbiopia ainda apresenta um desafio para o médico e um campo vasto para desenvolvimento de tecnologias.

Particularmente, acredito que o maior problema relacionado à correção total, satisfatória e plena da presbiopia resida no fato de que todas as soluções até hoje comercialmente disponíveis corrijam de forma estática um processo que é naturalmente dinâmico.

A incapacidade de se reestabelecer a acomodação, seja pela debilidade do músculo ciliar ou pela inelasticidade das lentes fabricadas, direciona a solução para outro lado: o uso da difração da luz para estender o foco ou dividir a energia luminosa em diferentes focos. A difração e a divisão da luz em diferentes pontos acentuam a presença de glare e halos, respectivamente, o que pode gerar desconforto e insatisfação por parte dos pacientes.

O dilema reside em achar a melhor combinação entre lente e olho/paciente para associar maior independência dos óculos com melhor qualidade visual.

TIPOS DE LENTES

As lentes mais utilizadas dentro dessas categorias atualmente são a Rayner RayOne Trifocal (Rayner), a PanOptix (Alcon), AT Lisa Tri (Zeiss) e Symfony (Johnson & Johnson), sendo as três primeiras trifocais e a última uma lente de foco estendido (EDoF). A curva de defocus das antigas lentes bifocais mostrava uma característica de “dupla corcova” com alta nitidez para longe e perto e um decréscimo significativo de nitidez na visão intermediária.

Figura 1 - Curva de defocus bifocais x EDoF x monofocal

Figura 1 – Curva de defocus bifocais x EDoF x monofocal

A figura 1 mostra esse fenômeno em duas lentes bifocais com adições diferentes e a comparação com a curva de defocus de uma lente monofocal e uma lente de foco estendido (Symfony). A lente monofocal tem nitidez alta apenas para longe, ao passo que as bifocais apresentam um segundo pico de nitidez na casa de -1,50 e -2,00, respectivamente, enquanto a Symfony apresenta um perfil mais semelhante ao da monofocal, sem a dupla corcova, sustentando a nitidez por um alcance maior de distância, no entanto, não sendo capaz de permitir a mesma nitidez que a bifocal para -2,00.

No entanto, a Symfony apresenta também a correção da aberração cromática, o que ajuda a conservar energia luminosa e a entregar melhor sensibilidade ao contraste ao paciente, como ilustrado na figura 2. Nota-se um perfil muito semelhante ao da lente monofocal e superior ao das bifocais.

Veja a matéria completa na edição 183.

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