As chamadas lentes ajustáveis a luz (Light Adjustable Lenses, em inglês, cuja sigla é LAL) abrem um novo horizonte na cirurgia de catarata: ajustar parâmetros da lente intraocular após o procedimento, personalizando ao máximo os resultados visuais.
Parece um sonho, não é?
Nos Estados Unidos, a lente desenvolvida pela RxSight – única LAL do mercado – já foi aprovada pela FDA. Funciona assim: após a cirurgia, o médico irá expor a LIO a uma quantidade específica de energia luminosa, baseada em normogramas advindos da refração manifesta pós-operatória, modificando sua forma e, logo, o poder dióptrico do implante, atingindo um maior grau de satisfação do paciente. O editor-chefe da Oftalmologia em Foco, Victor Cvintal, entrevistou o oftalmologista norte-americano Steven Silverstein. Ele contou como vem sendo sua rotina de um ano com o implante das LALs. Confira.
Victor Cvintal: Há quanto tempo você utiliza a LAL?
Steven Silverstein: Um ano.
VC: Um ano. Então, parece ser uma tecnologia promissora. Como você a vê no futuro?
SS: Dependendo da capacidade de uma clínica de investir em uma tecnologia dispendiosa, esta lente poderia ser realmente a lente número um do futuro. A sua tecnologia Machemer é tão única, e a sua previsibilidade é tão precisa que nenhuma outra consegue ser igual. Assim, se conseguirmos que esta tecnologia funcione em outras plataformas, como uma plataforma multifocal, eventualmente, não haverá outra escolha para os médicos. Isso depende em parte da capacidade de compra da clínica ou da universidade e, depois, em parte, de o paciente ser capaz de pagar por ela. Ela realmente deveria ser a primeira escolha oferecida.
Clique aqui para ler o artigo na íntegra
Entrevistado
STEVEN SILVERSTEIN
Entrevistador
VICTOR CVINTAL
