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Reforço lamelar anelar, por Leonardo Gontijo

A correta aposição entre o enxerto e o hospedeiro é um objetivo essencial para um bom resultado óptico no transplante de córnea. No entanto, o botão transplantado tende a mudar sua conformação ao longo dos anos ou décadas após a cirurgia, especialmente em transplantes do tipo penetrantes (PK). A sutura de um botão doador a uma periferia receptora de biomecânica deficiente, como no ceratocone, na degeneração marginal pelúcida e ceratoglobo, pode resultar no quadro de ectasia do botão corneano (EBC).

A ectasia de botão é caracterizada pelo gradual aumento da curvatura topográfica, associado a um desvio miópico e aumento do astigmatismo irregular, muitas vezes resultando em redução significativa da acuidade visual. Em alguns casos, esse quadro pode ser acompanhado de adelgaçamento corneano na interface doador-receptor, geralmente com localização temporal inferior, correspondendo à área mais afetada do portador de ceratocone.

Para melhorar a acuidade visual nos pacientes com EBC, dispomos de al- gumas alternativas terapêuticas como lentes de contato, topoplastia, implantes estenopeicos ou retransplante. No entanto, em alguns casos o afinamento periférico é extremo, impossibilitando uma boa coaptação nas suturas, obrigando o cirurgião a utilizar um botão demasiadamente grande ou descentralizado, o que aumenta a incidência de glaucoma, rejeição e consequentemente falência do enxerto. Por isso, para casos de afinamento intenso, é recomendado o reforço lamelar localizado a fim de aumentar a espessura corneana naquela região, para que posteriormente possa ser realizado um PK com um enxerto de diâmetro e centralização adequada.

 

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Autor

LEONARDO COELHO GONTIJO
Oftalmologista pela Santa Casa de Misericórdia de Belo Horizonte. Corneólogo pelo Banco de Olhos de Sorocaba. Preceptor da Santa Casa de BH e do Instituto de Olhos Ciências Médicas.