Os crescentes avanços tecnológicos têm tornado a cirurgia refrativa mais segura e previsível e, desta forma, observa-se uma redução nas taxas de retratamentos pós-cirurgias, principalmente aquelas realizadas com Excimer Laser. Porém, em alguns casos, uma nova intervenção pode ser necessária, e planejar uma nova abordagem com segurança é fundamental. Hoje, as taxas de retratamento em cirurgia refrativa ainda estão próximas a 11%. Dentre as cirurgias corneanas, o PRK (photorefractive keratectomy) apresenta números superiores ao LASIK (Laser-Assisted in situ keratomileusis). Por sua vez, cirurgias com objetivo de monovisão têm taxas ainda mais altas, independentemente da técnica utilizada. Isso provavelmente está relacionado à complexidade em encontrar as diferentes ametropias e dificuldade de aceitação de alguns pacientes. Outros fatores de risco para a necessidade de retratamento são: idade superior a 40 anos, astigmatismo maior que 1,00 dioptria, alta miopia e hipermetropia.
Atualmente, as taxas de sucesso no retratamento são muito altas e inúmeras são as maneiras possíveis para a reabordagem. A escolha pela técnica da segunda cirurgia deverá sempre levar em consideração as características atuais do paciente, técnica e percentual de ablação da primeira cirurgia, tempo entre os procedimentos e tecnologia disponível.
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Autores
RENATO GARCIA
Doutor pela USP. Assistente do setor de Cirurgia Refrativa da USP.
ANDRÉ A. M. TORRICELLI
Doutor pela USP. Pós-doutorado pela Cleveland Clinic Foundation, OH. Chefe do Setor de Cirurgia Refrativa da USP.
IAGO PERDONÁ
Residente da Faculdade de Medicina da USP.
Editor da seção
BERNARDO KAPLAN MOSCOVICI
Especialista em córnea pela Santa Casa de SP; em superfície ocular pela USP, e em cirurgia refrativa pela Unifesp. Colaborador dos setores de Óptica Cirúrgica, na Unifesp, e Cirurgia Refrativa, na Santa Casa de SP.