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Reativação da herpes-zoster após imunização contra a COVID-19, por Larissa Gouvêa e Clara Chan

A reativação do vírus da herpes é influenciada pelo estado imunológico do hospedeiro quando o vírus permanece latente na raiz dorsal ou nos gânglios dos nervos cranianos após a infecção primária. A reativação do vírus pode ocorrer inesperadamente ou ser estimulada por trauma, estresse, imunosenescência (disfunção imunológica relacionada ao envelhecimento) ou imunossupressão iatrogênica e/ou relacionada à doença.

A pandemia da COVID-19 acelerou o desenvolvimento de vacinas em todo o mundo, sendo altamente necessária para proteger indivíduos com grande risco de complicações e para, idealmente, controlar surtos de doenças. A imunização contra a COVID-19 usando o vírus vivo atenuado ou inativado, ou as novas vacinas de mRNA, têm sido amplamente administradas desde dezembro de 2020 e, até hoje, 25% da população mundial está totalmente vacinada, enquanto 33% recebeu pelo menos uma dose de vacina (OMS). Casos de reativação do vírus Varicella-zoster (VZV) após infecção por COVID-19 já foram relatados. Foi levantada a hipótese de que a linfopenia associada à COVID-19, es- pecialmente o impedimento funcional das células T CD4+, aumenta a suscetibilidade ao desenvolvimento do herpes-zoster (HZ) pela reativação do VZV. O herpes-zoster oftálmico (HZO) representa 10%-20% de todos os casos de HZ, sendo causado pela reativação do VZV no ramo oftálmico do nervo trigêmeo.

As manifestações oculares incluem ceratopatia epitelial (ceratite disciforme ou lesões epiteliais puntiforme, ou pseudodendríticas), ceratopatia intersticial e ceratouveíte.
É levantada a hipótese de que as vacinas causam um tipo de imunomodulação que permite que o HZV escape de sua fase latente. As vacinas mRNA, em particular, fornecem informações genéticas específicas às células hospedeiras para produzir proteínas estrangeiras e estimular uma resposta imune adaptativa tanto com a produção de células T quanto de anticorpos.

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Autoras

LARISSA GOUVÊA
Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais, Universidade de Toronto, Toronto, Canadá.

 

CLARA C. CHAN
Departamento de Oftalmologia e Ciências Visuais, Universidade de Toronto, Toronto, Canadá.