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FACORREFRATIVA: ONDE ESTAMOS? BENEFÍCIOS? RISCOS? POR MIGUEL PADILHA

As primeiras tentativas de realizar um procedimento facorrefrativo datam do século XIX, quando o cirurgião austríaco Vicenz Fukala publicou, em duas revistas alemãs (1890 e 1896), artigos descrevendo técnicas de extração do cristalino transparente (ECT) em pacientes portadores de alta miopia.

Os resultados não se mostraram promissores, e o tema só voltou a ser cogitado pelo cirurgião italiano Franco Verzella, que, no Congresso da Academia Americana de Oftalmologia, realizado em outubro de 1983, em Chicago, apresentou resultados de 589 olhos míopes com mais de – 10 dioptrias. Ao realizar a extração extracapsular e sem implante de lente intraocular (LIO), ele alcançou um índice de oito olhos (1,3%) com descolamento de retina (DR). Verzella, apesar do ambiente nada favorável à remoção de cristalinos transparentes, prosseguiu ainda nessa avaliação, mas sem conseguir sensibilizar a aceitação de tal procedimento.

Em 1984, seu artigo Microsurgery of the lens in high miopia for optical purposes foi aceito para publicação no Cataract: International Journal of Cataract Surgery, mas com a ressalva de todo o conselho editorial no sentido de que a publicação não endossava o procedimento, apenas o colocava em discussão pela comunidade oftalmológica, já que se tratava de um tema extremamente controverso.

Outros artigos se seguiram na segunda metade do século XX, mas todos demonstrando percentuais de DR que não animavam os leitores a seguir com o tema. P. Coonan et al. publicaram, em Ophthalmology 1985 (The incidence of RD following Clear Lens Extraction: a ten year study), um estudo com incidência de DR de 3,5% ao longo de dez anos consecutivos.

Foto: cortesia do Dr. Jacques Houly, MG.

 

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Autores 

MIGUEL ÂNGELO PADILHA
Membro fundador e ex-presidente da ABCCR/BRASCRS. Membro da Comissão de Ética do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Diretor médico da MPOftalmo – Excelência em Oftalmologia.

 

FERNANDO AVVAD
Membro titular da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Diretor médico da Clínica Fernando K. Avvad.

 

HENRIQUE S. PADILHA
Membro titular da ABCCR/BRASCRS. Diretor médico da Oftalmoclínica Rio de Janeiro.